Vanda Furtado Marques
As minhas aventuras na terra dos pequenotes
terça-feira, 23 de janeiro de 2018
Este blog deixou de estar ativo pode agora consultar a minha nova página:
http://www.vandafurtadomarques.com/
sexta-feira, 25 de março de 2016
A Senhora amargura...
A Senhora que era tão amarga…
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
Contar uma história é uma forma indireta de comunicar com a criança. É muito menos invasiva do que dizer “Agora vamos falar as razões dos conflitos com os teus colegas de escola…” ou “Por que tens ciúmes da tua irmã…”
Uma história terapêutica fala dos problemas emocionais da criança, mas dentro do domínio da imaginação e não dentro do domínio da cognição. E não é por acaso que no meio a tantos contos, a criança identifica-se com um, e pede para a mãe repetir incansavelmente a mesma história ou parte dela.
sábado, 24 de agosto de 2013
Bolinhos de Coragem

Nós devemos dar ferramentas psicológicas e espirituais às crianças, para lhes permitir encontrar um refúgio seguro num mundo cheio de incertezas.
Através da palavra e do exemplo podemos demonstrar às crianças, os poderes do amor reconfortante, ensinando-lhe que podemos transformar o medo e as preocupações, em optimismo e confiança.
Sempre que as crianças mostrem medos e inseguranças, podemos fazer com eles uns bolinhos de coragem.
Qualquer receita serve, a envolvência é que tem de ser preparada. Enquanto faz os bolinhos de coragem, pode contar aos seus filhos que também já teve medos, mas que tal como eles, também os conseguiu ultrapassar, explicar-lhe que quando os medos vêem, pensem nos sons da natureza, nos amigos e família, estes pensamentos vão aquecer-lhe o coração. Pode também ensinar a criança a conversar com ela própria acerca dos seus medos e a chegar a conclusão:
-Eu vou conseguir ! eu sou sábia e corajosa.
Entretanto, os bolinhos serviram de mote de conversa, sem lhes parecer uma conversa chata de adultos.
Depois, divirtam-se a comer os bolinhos de coragem…
quinta-feira, 16 de maio de 2013
segunda-feira, 25 de março de 2013
domingo, 13 de janeiro de 2013
Afetos....
Afetos... olha-me nos olhos

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Uma história sobre a importância das palavras…
Quando as palavras …soltam magia
Era uma vez… uma menina que adorava saborear as palavras, adorava cada palavra que soltava da sua boca, como se fosse o néctar dos Deuses
O que esta menina mais gostava de fazer no mundo, era poder ouvir as pessoas a falarem e a conversarem pelas ruas, pois soava-lhe como uma autêntica melodia celestial
Mas, ultimamente, as melodias pareciam discos riscados, a sonoridade e a beleza das palavras tinha desaparecido. Assim, a menina passou a sair à rua com algodão nos ouvidos, não fossem as palavras entrarem pelos ouvidos dentro, como um pelotão de assalto.
Seja por que as palavras se andavam a sentir sós, seja por brincadeira, as palavras passaram a meter-se com ela.
Mãeeeeeeeeeeeeeeeeeee, o que se anda a passar, com as letras deste mundo? – Não me deixam em paz?
Lá estavam as letras a trepar por ela cima a fazer-lhe cócegas na barriga, e atrás das orelhas.
- Parem, que eu ainda faço chichi pelas pernas abaixo!
Sabem, é que esta menina tinha um poder especial, ela conseguia perceber quando as pessoas deitavam as palavras pela boca fora, sem as usar com carinho e afeto.
Um dia, ela fartou-se de dar chutos e tropeçar nas letras que andavam pelo chão … às vezes ficava com o pé preso no X, outras vezes, levava com o R nas canelas, o pior mesmo, era quando o I se prendia nos sapatos e soltava-se um som horripilante…IIIIIIIIIII. As pessoas não paravam de olhar para ela e tapavam os ouvidos.
-Menina veja lá se muda de sapatos, que esses fazem um barulho insuportável.
Ela ficava vermelha com um tomate e batia com os pés no chão e para ver se o I se soltava da sola.
Certo dia, a menina fartou-se de ver as palavras espalhadas pelo chão e pediu à mãe:
- Mamã arranjas-me um saquinho de pano, tens cá em casa algum?
-Tenho um lindo, que usava quando era da tua idade, sabes foi-me dado para uma tarefa especial, acho até que é mágico!
A menina ficou tão contente, finalmente ia deixar de tropeçar nas letras, agora ia apanhá-las e guardá-las no saquinho mágico.
No dia seguinte, parecia que as pessoas tinham-se fartado de deitar” palavras da boca para fora”, a rua estava cheia de letras amarfanhadas e zangadas. Com muito cuidado, a menina apanhou-as e colocou-as no saquinho.
As letras estavam agora aconchegadas no saco , muito satisfeitas com o conforto e aconchego que sentiam.
Quando a menina chegou a casa, foi abrindo o saco com muito carinho e de lá de dentro soltaram-se palavras Maravilhosas…
Obrigado, Maravilha,Carinho, Amor, Ternura , Amizade, Compreensão, Solidariedade e muito mais.
Foi então, que a menina percebeu o que as letras lhe estavam a dizer, assobiou para elas e disse-lhes:
- Venham comigo, tenho uma ideia super especial.
As letras enfiaram-se no saco e a menina correu para a rua e gritou:
- Com a ajuda do poder da magia do universo, faz com que cada palavra que não seja sentida e verdadeira se transforme em pedra.
Bem… o dia tornou-se complicado, de repente as pessoas começaram a soltar pedras e pedras pela boca. Ficaram tão assustadas, que começaram a culpar-se umas às outras. Bem, era cada pedrada que as cabeças já estavam cheias de galos e galarós.
Esta maluquice durou, até que a menina com um megafone gigante disse:
- Que tal experimentarem soltar palavras vindas do coração, com sinceridade e amor!
Primeiro, voltaram a zaragatear, mas os galos já eram tantos, que acharam melhor, experimentar.
Foi verdadeiramente fantástico… as palavras que se criaram no ar, juntamente com elas soltaram-se corações, estrelas e milhares de pozinhos mágicos, que foram curando a dor física e a dor da alma
Agora, meus meninos e meninas, o saquinho voltou a ficar guardado, não vá ser preciso um dia destes ...
Escrito por: Vanda Furtado Marques
domingo, 23 de dezembro de 2012
Simplicidade cresce no interior ….ali juntinho ao coração.
"A simplicidade cresce no interior de quem não se coloca acima do próximo".
Atualmente há quem confunda simplicidade com alguma estupidez natural, ou com ausência de objectivos...não há nada de mais errado, ser simples é viver de acordo com os seus valores e ideais, indo até ao fim por eles, ser simples é valorizar o pormenor, estar perto de quem é realmente importante e ajudar o próximo de forma desinteressada.
Porém a intoxicação informativa vai criando um lixo psicológico nas nossas mentes, que nos impede de ver e valorizar o que realmente importante e simples( apreciar o pôr-do-sol, a brisa do vento, o chilrear dos pássaros, o riso das crianças).
Ser simples é optar por ouvir o nosso coração, é não seguir o caminho mais fácil, mas aquele que vai ao encontro dos nossos ideais, é ser solidário e arrumar o egocentrismo na gaveta.
Simples, são as crianças, que nos dizem coisas de encantar...
Conversa numa Escola Básica no Porto:
Estava a contar às crianças que tinha vindo de Alcobaça e que não podia estar ali mais tempo a contar histórias, pois ainda tinha uma viajem muito grande para fazer, quando uma criança me questionou:
Então mas tu não vieste de varinha mágica? agora é só fazeres perlimpimpim e voltas para casa...
Para as crianças é tudo tão simples, "descomplicado" e mágico...é por isso eu gosto tanto de aprender e conversar com elas.