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A mostrar mensagens de novembro, 2007

Critica ao livro

Cara Vanda, Apreciei o engenho e arte com que ficou contada aos pequeninos a intricada história, na raiz de um mito que até é, de certo modo, duplo: contém o do amor infinito – " até ao fim do mundo " –, que transcende a crueldade que o (não) acaba, em perfeito ajuste com o da superação da morte – " reinar (viver) depois de morrer " – pois Inês é "a que depois de morta foi Rainha". Se a formulação conclusiva que encontrou no sono eterno que é final ( finalmente , escreve) parece fechar a narrativa -dir-se-ia que a encerra mesmo no Mosteiro, o que faz é deslocá-la subtilmente daquele plano mítico para o das histórias de encantar (o Mosteiro é encantado, diz); airosa também foi a forma como elidiu o macabro -a coroação de Inês sem deixar de lhe aludir; e sábia a maneira como deu ordem ao que era transgressão -os amores adúlteros e como integrou a violência -o crimes, resolvendo o problema pela coincidência do belo com o bom e pela identificação do mal c