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A mostrar mensagens de novembro, 2009

A importância das palavras

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Quem melhor que Eugénio de Andrade para nos fazer sentir  o poder das palavras As palavras São como cristal, as palavras. Algumas, um punhal, um incêndio. Outras, orvalho apenas. Secretas vêm, cheias de memória. Inseguras navegam: barcos ou beijos, as águas estremecem. Desamparadas, inocentes, leves. Tecidas são de luz e são a noite. E mesmo pálidas verdes paraísos lembram ainda. Quem as escuta? Quem as recolhe, assim, cruéis, desfeitas, nas suas conchas puras?

Fátima, a menina cor de chocolate escuro

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Fiz esta história para a Fátima a minha afilhada que vive na comunidade de Momola em Moçambique. Há muito, muito, pouco tempo, numa aldeia em África vivia uma mãe e uma menina. Nesta aldeia o chão era de terra, não havia televisão, casas de banho, computadores, nem lojas de brinquedos. Por outro lado, havia um calor bom, animais selvagens, poças de água para brincar e muita terra para fazer bolinhos. Nesta aldeia as mães e as filhas gostavam muito de estar juntas e conversar: -Mãe, mãe porque é que nós somos castanhos? -Ora, Fátima, tu já viste cor mais bonita que o castanho? -O castanho é a cor dos quadradinhos de chocolate e da terra que nos dá alimento. -Sim, Mãe, mas eu gostava de ser branca. O branco é a cor da neve e das pombas da paz. Tu já viste que coisa mais maravilhosa? - Ó meu amor, a cor da nossa pele não é o mais importante, o que é mesmo, mesmo importante é o nosso interior. - Ah! Sim, os pulmões, a barriga de dentro e o coração? - Não, minha quer

D. Fuas voltou a Porto de Mós

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A escritora e também professora, Vanda Furtado Marques apresentou o seu novo livro aos pequenos portomosenses, no passado sábado. A Biblioteca Municipal recebeu duas sessões, uma vez que a sala tornou-se pequena para acolher tanta gente, na única sessão prevista. O livro infantil intitulado “D. Fuas Roupinho” conta a lenda deste nobre cavaleiro português e o milagre da Nossa Senhora da Nazaré, onde enquadra e muito bem o belo castelo de Porto de Mós. O livro, com a ilustração de Gabriel Colaço, faz parte da Colecção “Contado aos Pequenotes”, que a escritora lança sob a chancela da editora “7 Dias / 6 Noites”. Vanda Maria Furtado Marques nasceu em 1969, é licenciada em História pela Universidade de Coimbra, e publicou, até agora 6 Livros: “O Amor de Pedro e Inês” , “O Milagre de Isabel e Dinis” , “A Padeira de Aljubarrota”, “A Lenda da Fonte da Senhora” e “D. Fuas Roupinho”.

O meu amor pelas histórias

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      Acho que desde que nasci que as histórias circulam nas minhas artérias e bombeiam o meu coração. Até acho que eu e as histórias… nascemos no mesmo Hospital. A determinada altura perdemos-nos e cada uma, foi para o seu lado. Então eu corri o mundo, saltei montanhas, percorri atalhos, embati contra paredes… baralhei-me e até fiz nós. Até que um dia, presas a um fio, lá vinham as histórias. Abraçámos-nos, jurámos amizade eterna, jogámos às escondidas e ao rei manda. Hoje, andamos sempre juntas, e o nosso sonho é fazer cócegas na imaginação das crianças e segredar-lhes: Sonhem com mundos de algodão doce onde reis e rainhas, cavaleiros e heróis são vossos amigos. Ah! e não se esqueçam… Se os sapatinhos de manteiga não se derreterem pelo caminho terão o mundo das histórias aos vossos pés. escrito por Vanda Furtado Marques

Ao grande Homem de paz- M. Luther King

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            “É melhor tentar, ainda que em vão, do que sentarmo-nos e não fazer nada até o fim.   Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.   Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver”   “Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos.”

Menina bonita do laço de fita

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A primeira vez que ouvi esta história foi através do Contador de Histórias Elcio de Trento. Acheia- a linda… Entretanto conheci pela net uma contadora de histórias brasileira Eliana   Cavalcanti  (   http://contandoradehistorias.blogspot.com/ )   que me enviou muita coisa bonita, entre elas, lá vinha a menina bonita de laço de fita. Era uma vez uma menina linda, linda. Os olhos dela pareciam duas azeitonas pretas, daquelas bem brilhantes. Os cabelos eram enroladinhos e bem negros, feito fiapos da noite. A pele era escura e lustrosa, que nem o pêlo da pantera negra quando pula na chuva. Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laço de fita colorida. Ela ficava parecendo uma princesa das Terras da África, ou uma fada do Reino do Luar. Do lado da casa dela morava um coelho branco, de orelha cor-de-rosa, olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais lind

As três irmãs

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                                                                                                                                                                                                                           Era uma vez… três irmãs gémeas, filhas do mesmo pai e da mesma mãe. Só que, uma era morena como os lápis de carvão , a outra era branca como os ursos polares, e a outra ainda, era ruiva como o sol nos dias de verão. Quando elas nasceram os pais ficaram com os olhos em bico e as bocas torçidas: - Como era possível as três bebés serem tão diferentes? De ínicio, ainda tentaram dar algumas explicações meio absurdas: - Ah!, é de famíla , já o meu irmão teve duas filhas, uma branca e uma amarela! - Oh, é normal, a mais morena saí a tia-avó, a ruiva ao primo e a branca, é igualzinha a nós. Com o tempo, as pessoas deixaram de se questionar, e as gémeas foram crescendo forte e sádias. Tal como eram diferentes por fora, também o eram por dentro. A morena,

TUDO QUE DEVIA SABER...APRENDI NO JARDIM DE INFÂNCIA!

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  Hoje veio-me parar às mãos este texto, fique a pensar nele. Realmente, nós temos tudo dentro de nós, por vezes, só precisamos de parar um pouco e deixar que os ensinamentos venham à flor da pele. Não resiste em deixá-lo aqui no blog: Grande parte das coisas que preciso de saber sobre a vida , sobre o que fazer e como ser , aprendi no jardim de infância ... A sabedoria , afinal, não estava no topo de uma montanha chamada Universidade mas sim na caixa de areia da minha escola . Eis as coisas que aprendi: a compartilhar ... a não fazer batota ... a não magoar os outros... a arrumar o que desarrumei... e a limpar o que sujei. A não tirar o que não me pertence, a pedir desculpa quando magoo alguém. A lavar as mãos antes de comer. A puxar o autoclismo. Aprendi que o leite faz bem à saúde. Aprendi a aprender , a pensar e também que desenhar, pintar, cantar e dançar era bom... a dormir a sesta... a ter cuidado com o trânsito ... a dar a mão , a ser s

O que é preciso para uma criança ser feliz

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  Mas de que precisam afinal, as nossas crianças, para serem felizese crescerem saudáveis? De uma Playstation? De um Nintendo? De um plasma gigante no meio da sala, de um televisor no quarto, de um telemóvel no bolso e de um hipod na mão? De um “Magalhães” que as torne mais iguais a todos os meninos da escola? De uma conta bancária que cresça com elas? De uma Linha telefónica para pedir socorro, quando os pais lhes baterem? De mais e redobrada protecção contra todos os vírus à solta? De novas aulas de Educação Sexual, muito precoces, muito explícitas, muito práticas, muito “bem orientadas”, em salas de aula, último grito em equipamento, luz e cor? De escolas grandes, renovadas, espaçosas, cheias de janelas basculantes, confortáveis auditórios climatizados e modernos ginásios? Sejamos simples e descomplicados, Que em tempos de crise – como os nossos - convém resumir as necessidades supérfluas e focarmo-nos no essencial… Sejamos simples e descomplicados… Conv

Alerta chocante sobre a fome no mundo

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      O secretário geral da ONU, Ban Ki- Moon fez um alerta chocante, hoje na cimeira em Roma, cujo o objectivo é dar um novo impulso contra a fome e subnutrição- “ Só hoje vão morrer de fome cerca de 17 mil crianças.” Esta notícia deixa-me extremamente chocada . Vivemos num mundo tão injusto, onde milhares de  crianças morrem por não ter um único alimento e outras vivem na abundância e não dão valor a nada. Estas situações fazem-me doer o coração …

Fim de Semana de solidariedade

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Foi com muita satisfação que eu e a minha colega Patrícia, e um grupo de alunos maravilhosos,  colaborámos  na recolha do Sorriso Amigo em Turquel, onde a adesão foi fantástica. Ainda bem que temos  grupo de professoras e de alunos de boa vontade a trabalhar nesta Associação de Voluntariado. Para quem não conhece o Sorriso Amigo, aqui fica alguma informação : “A Associação de Solidariedade Sorriso Amigo volta este fim-de-semana, 14 e 15 de Novembro, aos supermercados das freguesias da Benedita, Turquel e Vimeiro para a segunda ronda da sua campanha de angariação de alimentos. Associação está a recolher alimentos para depois fazer cabazes que serão entreguesas famílias mais carenciadas da freguesia. Trabalhando em cooperação com o Externato Cooperativo da Benedita, o Sorriso Amigo tem como objectivo ajudar os alunos mais carenciados, e suas famílias, bem como idosos e outras famílias das freguesias referidas. “

Quem resiste a este D. Fuas?

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  D. FUAS ROUPINHO A pedido da Professora e escritora Vanda fiz mais um boneco com História. Desta vez é o Cavaleiro D. Fuas Roupinho e o seu cavalo, Alcaide do Castelo de Porto de Mós, que segundo diz a lenda , quando perseguia um veado no Sítio da Nazaré onde caçava, o animal  saltou o precipício e ele aterrorizado disse: - Valha-me a Nossa Senhora da Nazaré! Nossa Senhora apareceu-lhe e assim se salvou o  cavalo e cavaleiro  de cair no precipício do mar. Esta é a lenda, que a Vanda escreveu  para contar às crianças. Este boneco serve para ilustrar quando ela vai às escolas contar a história. Publicada por Guida em 11/14/2009 0 Bonecas Etiquetas: Bonecos com História

As meninas que distribuíam corações

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    Há muitos, muitos anos quando nós ouviamos e respeitavamos os conselhos da mãe-terra, tudo era tão mágico. O sol , todos os dias acordava com um sorriso de orelha a orelha, mesmo naqueles dias, em que era a irmã chuva que tinha o privilégio de subir ao céu. Cada um sabia esperar pela sua vez, até faziam filinha, como na Escola. Imaginem só, que até havia o dia da chuva de corações. Ah!.. mas esse dia era aguardado com grande ansiedade e emoção. Nesse dias as meninas do mundo mágico, levavam cestinhas com laçinhos rosa, e corriam pela rua fora. Quando os corações amarelos, vermelhos e cor-de rosa tocavam no chão, já havia um grupo de meninas a aninhá-los nos seus cestinhos. Depois, cada uma oferecia um coração … a quem precisava de amor , gratidão e paz na sua vida. Nesse dia aconteciam verdadeiros milagres… aquelas pessoas que estavam sempre zangadas, rasgavam sorrisos, aquelas que viviam tristes e sozinhas, descobriam  que afinal podiam ser felizes e a

O Principezinho

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  Se gosta do Principezinho, agora poderá deliciar-se com a versão em Pop-up.   Sinopse: O Principezinnho - O Grande Livro Pop-up é uma das edições mais bonitas alguma vez publicadas da obra-prima de Saint-Exupéry. Nela a narrativa ganha uma nova vida, e as maravilhosas aguarelas do autor são investidas de um movimento e de uma graciosidade tais que se tornam ainda mais próximas do leitor. O principezinho, a rosa, a raposa surgem diante dos nossos olhos mais vivos e reais que nunca, prontos para arrebatar o espírito encantado das crianças e o de todos os adultos que conservam ainda intacta essa mesma capacidade de encantamento perante a beleza pura que envolve e ilumina a obra de Saint-Exupéry. 

A fadinha delicada

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Era uma vez… Uma fada linda e delicada como porcelana da China As roupas que vestia eram cosidas com fios de oiro e prata, vindos do interior de África. Os seus cabelos eram penteados com pentes de marfim, vindos da Índia. E os sapatinhos vermelhos, eram feitos de manteiga da Holanda. Esta fada era  tão delicada que quando o vento soprava forte..VUUU…VUUU…VUUU dava cambalhotas e pinos sem parar. Quando a fadinha decidia bricar na rua, todos ficavam inquietos. -Ai! se o vento forte a leva… -Ui!  se os seus pés delicados pisam o chão… Ih! se o seu vestido se amarrota… Era divertido a valer, ver como todo o reino das fadas mimava a fadinha delicada. As papoilas esticavam-se para que os sapatinhos de manteiga não tocassem o chão. O sol aproveitava para pôr a conversa em dia com ovento, não fosse ele lembrar-se de soprar. As borboletas com as suas maozinhas de pó de perlimpimpim iam ajeitando o vestido, não fosse ele ficar amarrotado. Esta azáfama só par

Como as Histórias criam laços entre nós

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    Da boca do adulto ao ouvido da criança, os contos são as primeiras confidências filosóficas. Pela primeira vez, a criança vive a experiência do universal: ultrapassa as fronteiras estreitas do “eu”, o gueto do “ego”… As histórias criam uma ponte entre nós e os outros e fazem-nos sair do casulo do nosso pequeno mundo. Tornar-se adulto, escreve acertadamente Albert Jacquart no prefácio de Qui a lu petit lira grand :" é ser-se introduzido num novelo de encontros. Sim, a leitura, aberta ao outro, cria um extraordinário mundo de encontros, porque convida à empatia e à emoção”.   A  palavra-chave: emoção. É também aquela que diferencia a história do discurso moralizador. Não se imagina a que ponto o livro é capaz de transmitir emoção. À medida que as crianças o vão folheando, sentem a revolta da Cinderela, o medo de Branca de Neve, choram ao ouvirem o que diz a menina dos fósforos (que lhes fala também de Deus e do que está para além da mor

Para saber mais sobre os contos de fadas

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      Para quem gostar deste tema vou deixar aqui bibliografia:   -“Psicanálise dos Contos de Fadas” de Bruno Bettelheim , Bertrand Editora -“No Reino das Fadas” de Maria ConceiçãoCosta , Editora Fim de Século -“ Mulheres que correm como os lobos”de Clarissa Pinkola Estes editora Rocco -“ Pedagogias do Imaginário”     editora  Asa - “ A Arte de Contar Histórias” de Navcy Mellon,   editora Rocco - “Gostosuras e Bobices” de Fanny Ardant , editora scipione Retirados da internet: Sobre fantasias e os contos de fadas de Sónia Porto Machado Contos de Fadas: Histórias para crianças ou metáforas da vida humana? Vera Lúcia Soares Chvatal

Os meus livros e a estrutura dos contos de Fadas

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    Cada vez que escrevo uma história para as crianças  tento  orientar-me  pela  estrutura dos contos de Fadas. Os contos de Fadas são cruciais para a formação emocional da criança, pois ajudam as crianças a encontrar soluções para os conflitos que elas vivem no dia a dia. Uma criança ao ouvir um conto clássico, está ouvindo não só os seus conflitos, mas os de todos os seres humanos. Com estas histórias , a criança pode identificar-se com o heroi e sentir-se forte para lutar, apesar dos obstáculos que vão surgindo pelo caminho. A criança apercebe-se que vale a pena lutar, pois no final emergirá a vitória. A estrutura dos contos de fadas dão ainda às crianças a possibilidade de perceberem que nós nem sempre conseguimos ser bons, às vezes somos como feras. Nos contos clássicos, as bruxas, as feras e outros seres permitem que as crianças exorcizem o seu medo de ser maus. Outra  grande vantagem destas histórias é o  uso  da  linguagem simbólica que as crianç

Sabedoria infantil

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      - Relâmpago é um barulho rabiscando o céu. - Palhaço é um homem todo pintado de piadas. - Sono é saudade de dormir. - Arco-íris é uma ponte de vento. - Deserto é uma floresta sem árvores. - Felicidade é uma palavra que tem música. - Vento é ar com muita pressa. - Cobra é um bicho que só tem rabo. - Alegria é um palhacinho no coração da gente. - Avestruz é a girafa dos passarinhos. - Calcanhar é o queixo do pé.

O encantamento nas crianças

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  Hoje fui contar a história do D. Fuas e normalmente caracterizo-me de princesa. Contei-lhes que  tive o privilégio de conhecer o D. Fuas, e por eles ser um grande amigo, honrou-me com a responsabilidade de guardar o elmo e a espada, com que ele lutava contra os maus. Depois envolvio-os na história deste grande cavaleiro e eles de olhitos esbugalhados iam ouvindo atentamente a história. Ainda os armei cavaleiros, e meninos e meninos quiseram exprimentar o elmo e pegar na espada de esponja( para eles era verdadeira). Entretanto os meninos foram lanchar e eu despi a pele de princesa e vesti-me de Vanda. Quando cheguei ao pé deles olhavam-me muito atentos, até que uma mennina me disse: - Ah!, mas afinal tu és uma pessoa? Dizia um outro: És ou não uma princesa?   Esta magia que as crianças possuiem dentro delas , deixa-me maravilhada

Temos que nos preocupar com o cultivo das qualidades humanas.

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    Vamos agora olhar para nossa história enquanto civilização: o que vemos? Vemos que o homem, principalmente no último século, concentrou-se muito no desenvolvimento da ciência e tecnologia, o que sem dúvida melhorou nossas condições materiais de vida. Porém, visando o conforto exterior, o ser humano foi deixando de lado seu plano interior, esquecendo-se que é corpo, mente e espírito (MORAES,2003). Esse enfoque tecnicista fragmentou a educação, priorizando o acúmulo de conhecimento, a competição cerrada, o que provocou uma desestruturação do ser humano que, por sua vez, se reflecte na realidade violenta de nossa sociedade. Estamos no meio de uma perigosa crise de valores. E assim vamos abrindo caminho para a violência que, sorrateira, nos espreita. Muitos são os flagrantes de intolerância, frieza, transgressão da ética e moral.  As nossas crianças estão perdidos porque muitos de nós, adultos, também perdemos o rumo, sem saber para onde ir no rumo da vida. É como se a tên