As minhas histórias...
Era uma vez… um país onde crianças, mães, pais e até os avós tinham deixado de sonhar.
Quando os pais davam as boas noites aos filhos, já não diziam - “Sonhos Cor-de-Rosa”, nem contavam histórias de encantar.
Os adultos sempre apressados no seu dia-a-dia, pareciam máquinas de trabalhar.
Os corações tinham enferrujado e nenhuma emoção, os fazia vibrar. As pessoas já não se abraçavam, nem se ajudavam, pois isso fragilizava-as e trazia-lhes as emoções à flor da pele. Os filhos tinham deixado de contar os seus sonhos aos pais, e os pais já não partilhavam as memórias com os filhos.
Neste país, os adultos pensavam que as crianças eram felizes tendo muitos brinquedos e roupas bonitas. Acho, mesmo que os afectos e os carinhos, tinham ido junto com os sonhos, sabe-se lá para onde?
Um dia um menino, tocou o sino, e chamou todos à praça principal:
- “Fiz uma grande descoberta e quero-vos contar”.
A população, sem paciência para brincadeiras, voltou costas e ignorou as palavras do menino. Mas a criança, voltou a falar…
- “Esperem eu sei onde estão os sonhos e os carinhos!”
Os adultos que já estavam mecanizados, continuaram a andar, mas as crianças… as crianças… perceberam que era importante escutar.
O menino falou, contou-lhes que os adultos foram fechando à chave as gavetinhas dos sonhos, e que agora tinham de ser elas, as crianças a ensinar, como abri-las de novo.
Nessa noite, foi a vez das crianças contarem histórias aos adultos, mundos coloridos, castelos de encantar, florestas mágicas e sorrisos de princesas inundaram os lares deste país longínquo.
Foi uma noite mágica, os adultos deixaram-se embalar pelas histórias de encantar e os sonhos foram voltando para o seu lugar.
Nessa noite todos sonharam… Sonhos Cor-de-Rosa.
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