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A mostrar mensagens de janeiro, 2011

Doutorada no Amor

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Num mundo, onde os títulos assumem um papel de suma importância, desvalorize esta tendência. “Certo dia, uma mulher foi renovar a sua carta de condução. Quando lhe perguntaram qual era a sua profissão, ela hesitou. Não sabia bem como se classificar. O funcionário insistiu: "o que eu pergunto é se tem um trabalho." "Claro que tenho um trabalho", exclamou a mulher. "Sou mãe." "Nós não consideramos isso um trabalho. Vou colocar dona de casa", disse o funcionário friamente. Uma amiga sua, chamada Marta soube do ocorrido e ficou pensando a respeito por algum tempo. Num determinado dia, ela se encontrou numa situação idêntica. A pessoa que a atendeu era uma funcionária de carreira, segura, eficiente. O formulário parecia enorme, interminável. A primeira pergunta foi: "qual é a sua ocupação?" Marta pensou um pouco e sem saber bem como, respondeu: "Sou doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas." A funcionária fez uma

As minhas histórias

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A fadinha que tinha sapatinhos de manteiga Era uma vez… Uma fada linda e delicada como porcelana da China As roupas que vestia eram cosidas com fios de oiro e prata, vindos do interior de África. Os seus cabelos eram penteados com pentes de marfim, vindos da Índia. E os sapatinhos vermelhos, eram feitos de manteiga da Holanda. Esta fada era  tão delicada que quando o vento soprava forte..VUUU…VUUU…VUUU dava cambalhotas e pinos sem parar. Quando a fadinha decidia brincar na rua, todos ficavam inquietos. -Ai! se o vento forte a leva… -Ui!  se os seus pés delicados pisam o chão… Ih! se o seu vestido se amarrota… Era divertido a valer, ver como todo o reino das fadas mimava a fadinha delicada. As papoilas esticavam-se para que os sapatinhos de manteiga não tocassem o chão. O sol aproveitava para pôr a conversa em dia com o vento, não fosse ele lembrar-se de soprar. As borboletas com as suas mãozinhas de pó de perlimpimpim iam ajeitando o vestido, não fosse e

As minhas histórias...

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É urgente sonhar… Era uma vez… um país onde crianças, mães, pais e até os avós tinham deixado de sonhar. Quando os pais davam as boas noites aos filhos, já não diziam - “Sonhos Cor-de-Rosa” , nem contavam histórias de encantar. Os adultos sempre apressados no seu dia-a-dia, pareciam máquinas de trabalhar. Os corações  tinham enferrujado e nenhuma emoção, os fazia vibrar. As pessoas já não se abraçavam, nem se ajudavam, pois isso fragilizava-as e trazia-lhes as emoções à flor da pele. Os filhos tinham deixado de contar os seus sonhos aos pais, e os pais já não partilhavam as memórias com os filhos. Neste país, os adultos pensavam que as crianças eram felizes tendo muitos brinquedos e roupas bonitas. Acho, mesmo que os afectos e os carinhos, tinham ido junto com os sonhos, sabe-se lá para onde? Um dia um menino, tocou o sino, e chamou todos à praça principal: - “Fiz uma grande descoberta e quero-vos contar” . A população, sem paciência para brincadeiras, voltou co

As minhas histórias...

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O Vale Encantado Estava a amanhecer...no Vale Encantado, a  azáfama era grande, os coelhos limpavam as tocas, os passaritos lavavam as caras no orvalho matinal, as raposas ajeitavam as suas caudas farfalhudas e os esquilos armazenavam as nozes nos buraquinhos das árvores. Lá em cima, nas nuvens , aterrava uma cegonha muito, muito cansada. - Ufa! Finalmente encontrei a morada certa para deixar a encomenda. - Ora deixa-me ler bem! Vale Encantado – Rua das Cenouras, nº 6. A cegonha abriu as suas longas asas e desceu a grande velocidade para o vale. Olhou com atenção e procurou a morada que vinha na encomenda. Não havia nome nas ruas, mas também não foi preciso, porque assim,que avistou um grande cenoural , a cegonha riu de satisfação. Pousou lentamente, baixando as asas, procurou a casa com o número seis e ia pensando “mais uma missão cumprida”. Bateu à porta…TOC , TOC, TOC, pousou o cesto e voou para o céu. Dentro da casa ouviram-se uns guinchinhos histéricos: -

As minhas histórias...

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ilustração de Rebecca  Dautremer Todos os dias Maria, vestia o seu mais belo fato vermelho, pintava os lábios de carmim, colocava cuidadosamente a coroa na cabeça, corria para a janela, encostava a sua face aos cortinados e esperava…  ás  vezes por ali ficava toda a manhã, outras vezes, só abandonava a janela, quando já estava escuro. Os habitantes daquela terra interrogavam-se? - O que seria que a princesa tanto esperava? Haviam pessoas, que diziam que ela esperava amado que tinha  ido para a guerra, outras,  que ela esperava o príncipe encantado que ainda estava para vir! Esta  dúvida estava a deixar o povo inquieto, e até já se faziam apostas pelas ruas. Os mais corajosos,   batiam  na   porta do Castelo e perguntavam: -O que a princesa Maria, tanto espera à janela? Mas os guardas, os criados, as criadas, os jardineiros, as aias também não podiam ajudar, pois eles também não sabiam responder a este mistério. A determinada altura, o mistério já era tão gra

As minhas histórias...

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As meninas que distribuíam corações Há muitos, muitos anos quando nós ouvíamos e respeitávamos os conselhos da mãe-terra, tudo era tão mágico. O sol, todos os dias acordava com um sorriso de orelha a orelha, mesmo naqueles dias, em que era a irmã chuva que tinha o privilégio de subir ao céu. Cada um sabia esperar pela sua vez, até faziam filinha, como na Escola. Imaginem só, que até havia o dia da chuva de corações. Ah!.. esse dia era aguardado com grande ansiedade e emoção. Nesse dia, as meninas do mundo mágico, levavam cestinhas com lacinhos rosa, e corriam pela rua fora, dando pequenos guinchinhos histéricos Quando os corações amarelos, vermelhos e cor-de-rosa tocavam no chão, já havia um grupo de meninas a aninhá-los nos seus cestinhos. Em casa, todos esperavam ansiosamente, pelo toque da campainha… Talim Talão. Miraculosamente, a luz da lua iluminava as casas, daqueles precisava de amor, gratidão, conforto e paz . Depois, depois uma menina de sorriso angelic

histórias e mais histórias…

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  “As crianças precisam de receber nas histórias que leem, um certo sentido de sua própria vida interior, e os traços arquetípicos que a conectam com o passado inexplorado; um sentido da semelhança de padrões entre o grande e o pequeno, o velho e o novo; elas precisam receber alguma coisa que se estenda além da realidade quotidiana. As histórias não devem ser apenas recursos de fantasia para preencher horas de tédio. Desde o início da humanidade, as histórias têm sido usadas - por sacerdotes, menestréis, curandeiras - como mágicos recursos capazes de ajudar as pessoas a lidar com problemas insolúveis e realidades insuportáveis." Joan Aiken The Way to Write for Children An Introduction to the Craft of Writing Children´s Literature St. Martin's Press

Os diversos géneros da literatura infantil

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  Comecemos com a fábula : podemos dizer que é uma narrativa de natureza simbólica de uma situação vivida por animais, que alude a uma situação humana e tem por objectivo transmitir certa moralidade. Seus personagens são sempre símbolos, representam algo num contexto universal, como o leão símbolo de força ou a raposa símbolo de astúcia. Afirma La Fontaine “ Sirvo-me de animais para instruir os homens... Procuro tornar o vício ridículo por não poder atacá-lo com o braço de Hércules... Uma moral nua provoca tédio: O conto faz passar o preceito com ele, nessa espécie de fingimento é preciso instruir e agradar.”   A lenda é uma narrativa cujo argumento é tirado da tradição. Consiste num relato onde o maravilhoso e o imaginário superam o histórico.     Os contos de fadas , de origem celta, falam-nos de heróis cujas aventuras estavam ligadas aos mistérios do além e visavam à realização do interior humano, daí a presença da fada, cujo nome vem do verbo latino “ fatum ” que

O que podemos aprender com as histórias infantis

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O Rei vai nu Este conto fala-nos de um rei que era muito vaidoso. Certo dia, dois trapaceiros resolveram aproveitar-se desta sua peculiaridade, enganando-o. Disseram-lhe, então, que haviam encontrado um tecido muito belo, que apenas os mais inteligentes eram capazes de ver. Conseguiram que o rei logo quisesse comprar um fato de tal raridade, a fim de mais bonito parecer e para poder testar a qualidade intelectual da sua corte. Algum tempo depois, o monarca decidiu sair com a sua “vestimenta” e mostrar-se ao povo. Toda a gente olhava admirada para o rei, pois ninguém queria mostrar-se parvo. A dada altura, uma criança, na sua inocência, gritou: -“Olha, olha! O rei vai nu!” A afirmação desencadeou prontamente uma gargalhada geral e só aí o rei compreendeu que tinha sido enganado. Envergonhado com toda a situação, e arrependido da sua vaidade, rapidamente se escondeu no palácio . A história d’ “O rei vai nu” adverte-nos do perigo de, ao sermos demasiado vaidosos, ficarmos

Era uma vez... num reino muito distante.

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Os contos de Fadas são uma gigantesca herança cultural que vai passando de geração em geração. Na Idade Média não existia a infância, não se escrevia para as crianças, não havia livros para elas. Foi apenas durante a Idade Moderna, devido às mudanças na estrutura da sociedade e a ascensão da família burguesa, que surge o sentimento de infância , com isso varias mudanças se fazem necessárias sendo que as duas mais importantes são a reorganização da escola e a criação de um género literário especifico para as crianças, é em meio a todas estas transformações que nasce a literatura infantil . Os primeiros livros infantis foram escritos no final do século XVII e durante todo o século XVIII. Foi também nesta época que surge na Europa um dos segmentos mais importantes e significativos da literatura infantil: Os contos de Fadas, foram os franceses que criaram o termo conte de fée que logo torna-se o fairy tale inglês . Os contos de Fadas fazem parte da herança cultural de dive

Livros… que delícia

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Veja como pode brincar com os livros…   O JOGO DAS VOZES Qualquer conto por pequeno que seja, pode transformar-se num jogo de vozes e ruídos. As mudanças de tons, encantam aos pequenos: as vozes agudas, as graves, as que imitam as crianças, a uma bruxa, os sons da água, do vento, dos animais... Assim aprendem a identificar aos distintos personagens: os bons, os maus, os mais jovens ou os mais velhinhos. O certo é que qualquer elemento criativo captará sua atenção! Nota: Para crianças de 0 a 8 anos. DESENHE A ESTÓRIA Só são necessários lápis de cores, cartolinas e um narrador. O jogo consiste em que as crianças representem as distintas sequências do conto: o começo, meio e o fim. Podem fazer quantos desenhos quiserem. O importante é deixar sua criatividade livre. Além disso, observando seus desenhos pode-se aprender centenas de coisas: o que mais as chamam a atenção será o maior, e o que menos gostam o omitirão ou serão muito pequenos...Os encantarão ter suas próprias ilustraçõe

Violeta, a menina que regava o mundo com ideias

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        Era uma vez... uma menina chamada Violeta que morava num reino muito, muito estranho. Os habitantes deste mundo rodeavam as suas casas com muros gigantescos de pedra e fechavam -se às sete chaves. Quando saíam à rua levavam sempre uma máscara dourada na cara, ordem do Rei Leopoldo  III. As pessoas não podiam tocar nas as árvores nem nas plantas...nem dar beijos, braços e rir às gargalhadas , por decreto real, realíssimo  de sua alteza . Mas, o mais estranho era que a palavra porquê tinha sido banida do dicionário... Violeta achava que tudo isto era uma parvoíce, mas parecia que mingúem dava por ela ! Até, os seus pais pareciam enfeitiçados pela parvoíce. - Violeta, não te esqueças de pôr a máscara e de não tocar em nada que vejas no teu caminho e não fales com mingúem que se cruze contigo.   Tudo isto era  normal e natural,  neste reino distante, dizia-se que sempre assim fora e que sempre assim será... Mas Violeta, não conseguia resignar-se . Um dia,